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sexta-feira, 28 de maio de 2010

As brumas do tempo



Neste olhar retratado encontram-se vários momentos do tempo que passa sem parar. O passado e o presente estão bem presentes através da muralha Fernandina marco indelével da historia da cidade do Porto e do Mosteiro e Igreja da Serra do Pilar em Vila Nova de Gaia. Temos ainda a Ponte D. Luís I que representa o passado o presente e o futuro porque é através dela que se manterá a circulação do mais recente meio de transporte a funcionar entre as margens destas duas cidades a Norte. Pode-se ainda ver um pormenor muito comum nas nossas cidades que é o abandono dos edifícios principalmente nas zonas históricas que degradam os locais e afastam muitos daqueles que gostariam de os conhecer melhor. Este é de facto um problema bem do nosso presente.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O sabor da memória


O tempo passa, mas à coisas que vivemos que a memoria jamais deixa esquecer. Um desses momentos que me recordo com saudade, por terem sido magníficos, foram os passeios em família para visitar alguns locais deste pais e, a seu pretexto se organizava um belo lanche que se transformava num pic-nic.Era por essa altura que de um cesto surgia um conjunto de saborosos petiscos que despertavam o apetite e ao saborea-los o seu paladar inolvidável me deixava extasiado. Refiro-me aos bons bolinhos de bacalhau, os panados, o frango e coelho frito, a bola de enchidos e um singelo mas saboroso bolo de laranja, tudo isto feito com o amor da minha mãe. Acho que era esse o segredo de tudo ser tão bom, era o amor com que se faziam as coisas e, o valor que se atribuía a vivência desses momentos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Condução perigosa




Neste caso os danos físicos foram insignificantes, mas o aparato do acidente por falta de responsabilidade do condutor, que não adequou a velocidade do seu veiculo as condições da via e climatéricas, foram de enorme preocupação para todos os que participaram na resolução deste problema. Este capotamento no acesso sul da ponte da Arrábida é mais um de muitos que acontecem nesta cidade, e que não tem o desfecho que este teve, uma vez que o condutor que viajava sozinho saiu ileso. Não provocou outras vitimas, uma vez que se despistou sozinho. Muitos outros que para além de provocarem mazelas físicas e até a morte nos irresponsáveis que os causam, provocam dor e sofrimentos em muitas pessoas inocentes e responsáveis que viajam por esse país.

domingo, 23 de maio de 2010

As sombras da vida


A vida têm sombras
Que a perseguem sem cessar
São fantasmas na noite e no dia
Que a seguem sem parar.
As sombras e os fantasmas
Certamente somos nós,
Que vivemos neste mundo, redondo,
Presos a ele pela gravidade
De onde nem as sombras
Conseguem a liberdade.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sonho meu


Sonhar o mundo

Sonhar o mundo
Vê-lo de olhos fechados
A trilhar caminhos malfadados
Por causa do homem que tudo quer.
E ele que fica mudo,
Olha-nos nos olhos
De modo carrancudo.
E com o seu ar sisudo
Faz as suas entranhas tremer,
Fazendo-nos temer, e pensar
Que aquilo que queremos ter
Pode não ser o melhor
Nem para nós
Nem para o mundo.

De Paris a Tormes - Baião


Sinopse

A obra "A Cidade e as Serras" é um desenvolvimento do conto "Civilização". Surge na "Revista Moderna" em 1899, um ano antes da morte de Eça. A publicação em livro ocorre em 1901, já depois da morte do autor. No romance é relatada a história de Jacinto, tendo como narrador José Fernandes, um amigo fraternal. Jacinto, que nasceu e viveu toda a sua vida num palácio dos Campos Elísios, em Paris, decide regressar a Tormes, na região do Douro.



O autor

Eça de Queirós
Eça de Queirós é considerado um dos autores mais importantes da língua portuguesa, integrando a notável Geração de 70. Destaca-se pela originalidade e riqueza da sua linguagem, nomeadamente pelo seu realismo descritivo e pela crítica à sociedade contemporânea constante nas suas obras.
O seu acervo inclui obras como "Os Maias", "O Primo Basílio", "O Mandarim", "A Relíquia" ou "A Cidade e as Serras".
Não descurou a participação activa na vida do país. Para além de escritor e ensaísta, foi jornalista e epistológrafo, tendo ocupado alguns cargos políticos.

Excerto

O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival. No Alentejo, pela Estremadura, através das duas Beiras, densas sebes ondulando por colina e vale, muros altos de boa pedra, ribeiras, estradas, delimitavam os campos desta velha família agrícola que já entulhava grão e plantava cepa em tempos de el-rei D. Dinis. A sua quinta e casa senhorial de Tormes, no Baixo Douro, cobriam uma serra. Entre o Tua e o Tinhela, por cinco fartas léguas, todo o torrão lhe pagava foro. E cerrados pinheirais seus negrejavam desde Arga até ao mar de Âncora. Mas o palácio onde Jacinto nascera, e onde sempre habitara, era em Paris, nos Campos Elísios, n.º 202. Seu avô, aquele gordíssimo e riquíssimo Jacinto a quem chamavam em Lisboa o D. Galeão, descendo uma tarde pela travessa da Trabuqueta, rente de um muro de quintal que uma parreira toldava, escorregou numa casca de laranja e desabou no lajedo. Da portinha da horta saía nesse momento um homem moreno, escanhoado, de grosso casaco de baetão verde e botas altas de picador, que, galhofando e com uma força fácil, levantou o enorme Jacinto–até lhe apanhou a bengala de castão de ouro que rolara para o lixo. Depois, demorando nele os olhos pestanudos e pretos:
–Oh Jacinto Galeão, que andas tu aqui, a estas horas, a rebolar pelas pedras?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Carlos Magno


Sinopse

Surpreendente romance de aventuras rocambolescas e a história de França. Suspensão assegurada até a última linha! O fim vale o seu peso de oiro.!
Catherina Vélis, prepara-se para viajar para a Algéria por razão profissional, quando uma surpreendente vidente, um misterioso antiquário e um jogador de xadrez russo, de uma irresistível beleza, lhe fazem incríveis revelações sobre um fabuloso jogo de xadrez que somente esperava por ela desde há muitos séculos. Este Jogo de Xadrez foi oferecido ao Carlos Magno em 792 por 8 Mouros. Aquele que o possui tem o Poder Universal pela fórmula mágica escondida no seu interior. Amedrontado por um tal poder, Carlos Magno o enterra numa Abadia. O segredo se transmite de geração em geração. Foi em 1790, que a Reverenda Mãe de esta Abadia o desenterra e o dispersa por entra as religiosas que vão aos quatro cantos do mundo, evitando que ele seja utilizada indevidamente pelo poder dos soberanos que confiscam todos os bens da Igreja: é o começo do Terror. 1972: Catherina Vélis é levada, contra sua vontade, à uma partida de xadrez à escala do planeta onde as peças do jogo estão cada uma representada por pitorescas personagens, de uma forte personalidade. De um lado ao outro da terra, de enigma em enigma, ela descobre a verdade sobre este tão extraordinário jogo e de um poder inimaginável? E o que faz ela? Este Romance enfeitiça os leitores até a sua última página.